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Fórum Estadual de Entidades dos Servidores Públicos de MS discute financiamento da CASSEMS

Sinpol/MS

Aconteceu nesta quarta-feira, 09, no auditório da FETEMS a reunião do Fórum Estadual de Entidade de Servidores Públicos de MS. A pauta se deu em torno da situação da saúde suplementar no Brasil e o cenário dos altos custos de assistência à saúde, que afetam todos os planos de saúde, inclusive a CASSEMS (Caixa de Assistência dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul) que é o plano dos servidores de MS.

Ao início da reunião a coordenação do Fórum se apresentou e fez uma leitura da necessidade da luta para que a CASSEMS continue ampliando seus serviços com qualidade no atendimento, mas ao mesmo tempo com liquidez orçamentária, sem que isso onere o trabalhador.  “Se quisermos manter a qualidade do atendimento da CASSEMS temos que conseguir a paridade da contribuição entre o Governo do Estado e os servidores”, afirmou o presidente da FETEMS, Roberto. Roberto afirma ainda que os servidores municipais e os agregados estão contribuindo de forma superavitária à caixa.

Atualmente o servidor paga 5,25% do seu salário e o Governo 3,5%, sendo necessário que o poder público pague mais 1,75% para alcançarmos a paridade na contribuição”. “Estamos juntos e temos que sair daqui com uma audiência para cobrar o Governo do Estado que se comprometa com a saúde do trabalhador”, frisou Barbosa.

“A última vez que nós conseguimos reunir tantas entidades sindicais no antigo Fórum de Entidades de Servidores Públicos nós conseguimos mudar a política desse estado e com isso conseguimos criar a CASSEMS” lembrou Alexandre Costa, presidente do SINTSS-MS.  “O dinheiro que nós contribuímos para a nossa saúde está servindo para cobrir acidente de trabalho que deveria estar sendo pago pelo Governo do Estado”, afirma Alexandre relembrando o policial que foi baleado ao tentar impedir um assalto na Júlio de Castilho no último final de semana.

“A gente sabe que a saúde é cara, muito cara e nós temos um plano de saúde excelente. Nós temos que lutar para que a qualidade continue e isso não onere ainda mais o servidor público estadual”, finaliza Costa.



A CASSEMS

O presidente da caixa Ricardo Ayache em sua apresentação inicial fez um histórico da criação da CASSEMS, sua expansão e os novos desafios da caixa. Os números atuais da caixa também foram repassados aos dirigentes sindicais para que os mesmos possam apresentar aos servidores filiados a situação financeira e operacional da CASSEMS.

Ricardo afirmou que o modelo de saúde atualmente utilizado no Brasil é insustentável, e que há a necessidade de adotar a medicina preventiva como carro chefe. “Com o Ônibus Itinerante de Prevenção do Cancêr rodando o Estado nós diagnosticamos 14 casos de câncer este ano. Como foram diagnósticos precocemente, o tratamento foi eficaz e barato. Para se ter ideia, se o diagnóstico fosse tardio, só o tratamento destes 14 casos cobriria a despesa do ônibus por três anos”, afirma Ayache ressaltando a importância da prevenção para a saúde do servidor e a saúde financeira da CASSEMS.

O diagnóstico feito por Ayache demonstra que a . Atualmente a CASSEMS tem R$31 milhões de reais aplicados. “Nós não estamos quebrados como está sendo alardeado por aí, mas nós estamos empatados. A realidade é que o setor da saúde tem um aumento inflacionário acima da inflação oficial. Enquanto no geral a inflação está abaixo dos 6%, na saúde está em mais de15%”, afirmou Ricardo. “Cabe a nós mantermos o equilíbrio entre qualidade, acesso e receita”, finaliza Ayache.

Ao final da fala do presidente Ricardo Ayache foi aberta a fala para os dirigentes sindicais fazerem suas explanações e apresentarem suas dúvidas. Dentre às diversas falas, o que ficou mais latente é a necessidade de que o governo do estado tenha maior comprometimento com a saúde do trabalhador, principalmente no que se refere aos acidentes de trabalho. “A CASSEMS tem sido sim a nossa única salvaguarda em questões de acidente de trabalho e doenças recorrentes do trabalho” lembrou a vice presidente do SIMTED de Dourados Gleice Jane Barbosa.

Finalizando as falas Ayache respondeu as perguntas e ponderações. As entidades então votaram o encaminhamento de solicitar negociação com o governo do estado.



Dívida do Estado


Se cumprido o compromisso do governo do estado em provisionar mais 1% a partir de 2011 teria um acréscimo na receita de mais de 29 milhões. Soma-se a isso uma pendência financeira do Estado de MS com a CASSEMS de mais de 34 milhões.


Fonte:Sinpol/MS


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