Fórum dos Servidores Públicos discute reajuste salarial de 2017
Fonte: Jornal O EstadoHá dois anos sem reajuste salarial propriamente dito, servidores públicos de Mato Grosso do Sul se reuniram às 9h de hoje (21), em Campo Grande, para obterem informações concretas do Parque dos Poderes sobre a concessão do aumento em 2017.
O encontro, na Governadoria, foi solicitado pelo Fórum dos Servidores Públicos do Estado, diante de movimentações que indicam a impossibilidade de que as majorações aconteçam –que incluem desde a instituição de um teto de gastos pelo Executivo, imposto pelo governo federal na renegociação da dívida estadual com a União, à queda nas receitas que forçam a aplicação de uma reforma administrativa para contenção de gastos.
A reunião ocorreu após declarações do secretário de Estado de Administração, Carlos Alberto Assis, dadas no início do mês, sobre a falta de condições para concessão do reajuste ou mesmo de abonos, e de cobranças sobre a demora no início das tratativas sobre os aumentos. No dia 13, representantes da Feserp-MS (Federação dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul) obtiveram do Estado informações sobre como a queda na arrecadação estadual e a recessão no país atingem o Tesouro, bem como os efeitos esperados da reforma administrativa no funcionalismo.
Expectativa com reunião é de início de negociações, afirma sindicalista
O fórum cobra mais detalhes desses projetos e uma sinalização sobre o aumento de salários para os servidores e da esperada reforma na Previdência Estadual.
“Esperamos abrir as negociações salariais, com respeito entre as partes. Agora temos a reforma administrativa a ser encaminhada para a Assembleia Legislativa, e temos de saber também como ela atingirá os servidores, bem como a reforma da Previdência”, disse Giancarlo Corrêa Miranda, presidente do Sinpol-MS e integrante do Fórum dos Servidores.
Fórum já decidiu realizar ‘plantões’ na Assembleia à espera de projetos
Giancarlo diz que, a partir de uma posição apresentada coletivamente, cada categoria do funcionalismo discute internamente se aceita ou não condições apontadas pelo Governo para o reajuste e outras demandas.
No caso da Polícia Civil, há compromissos firmados com a gestão que passam pela valorização das categorias e reposicionamentos salariais, colocando os servidores entre os melhores remunerados do país. “Trata-se do terceiro ano de governo. Sem um avanço, fica complicado. É preciso ter diálogo”, destacou.
Em reunião na segunda-feira (13), o Fórum dos Servidores discutiu estratégias envolvendo pleitos sobre o reajuste e as reformas administrativa e previdenciária. Foi decidida a criação de “plantões” na Assembleia Legislativa para aguardar o trâmite das propostas.