Falta decência ao povo brasileiro
Já dizia o Marquês de Maricá “um povo corrompido não pode tolerar um governo que não seja corrupto”. O brasileiro se acostumou a conviver com a desordem, com a corrupção, com a miséria e com a impunidade. A falta de efetividade de nossas leis, não mais, causa qualquer estranhamento. A cada sentença dada pelo Judiciário o cidadão simplesmente se resigna ao silêncio, como se estivesse a dizer: é assim mesmo, não há o que fazer.
Lembrando o que diz a nossa Constituição Federal de 1988 em seu artigo 1º- Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Se esse povo que detém tal poder não o sabe usar, o que fazer? Se a cada dois anos esse povo legitima mandatos de políticos despreparados para exercer a função legislativa e executiva, logo esse povo é o responsável pela situação miserável que se encontra o sistema político brasileiro.
Há um distanciamento colossal entre o que está escrito em nosso ordenamento jurídico e o que de fato se materializa na execução das penas impostas aos condenados por condutas criminosas das mais variadas, seja homicídio, corrupção, latrocínio, etc. São tantas as brechas, que o país de fato se tornou o baluarte da impunidade. As Polícias Judiciárias até tentam cumprir com suas funções; ou seja, as polícias prendem e quem manda botar em liberdade é o Poder Judiciário.
Por hora o que se discute na mídia massificada e no Congresso Nacional é a problemática da redução da maioridade penal, uma discussão, aliás, falaciosa e aleijada, pois tem deixado de lado o debate principal, que é o da impunidade.
O Brasil vem padecendo de uma enfermidade chamada impunidade. O problema é que as pessoas parecem não perceberem que o nosso sistema democrático está corroído e que caminhamos para um futuro com desfecho duvidoso e com tendências a prevalência de maior insegurança social. Parece-me que o sentimento de indignação não mais existe, parece-me que o comodismo se estabeleceu de tal maneira, que é impossível reverter o caos social e moral estabelecidos.
E assim sendo, de quem é a culpa? De forma relativa à responsabilidade é do povo claro, cada povo tem o governo e legisladores que merecem e no caso brasileiro o axioma é verdadeiro. Os nossos legisladores e gestores público é uma amostra razoável dessa sociedade corrupta, apática e semianalfabeta.
Para ultimar é premente dizer que falta decência ao povo brasileiro. Sabe por quê? Porque um povo que permite que um governo gaste milhões de reais na construção de estádios de futebol, quando não se tem educação de qualidade, quando faltam hospitais para dar atendimento decente aos doentes, quando milhares estão passando fome devido às secas no Nordeste, este povo não pode ser DECENTE. Este povo é minimamente um povo amoral, aético e corrupto por natureza. Afinal, um povo que se interessa muito pouco por política, se torna o culpado pela deterioração da coisa pública. Uma apatia que espero que não seja perene, pois se assim for roubará as esperanças de um futuro melhor para a nação...
Joel Mesquita, Escrivão de Polícia Judiciária de Mato Grosso.
Lembrando o que diz a nossa Constituição Federal de 1988 em seu artigo 1º- Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Se esse povo que detém tal poder não o sabe usar, o que fazer? Se a cada dois anos esse povo legitima mandatos de políticos despreparados para exercer a função legislativa e executiva, logo esse povo é o responsável pela situação miserável que se encontra o sistema político brasileiro.
Há um distanciamento colossal entre o que está escrito em nosso ordenamento jurídico e o que de fato se materializa na execução das penas impostas aos condenados por condutas criminosas das mais variadas, seja homicídio, corrupção, latrocínio, etc. São tantas as brechas, que o país de fato se tornou o baluarte da impunidade. As Polícias Judiciárias até tentam cumprir com suas funções; ou seja, as polícias prendem e quem manda botar em liberdade é o Poder Judiciário.
Por hora o que se discute na mídia massificada e no Congresso Nacional é a problemática da redução da maioridade penal, uma discussão, aliás, falaciosa e aleijada, pois tem deixado de lado o debate principal, que é o da impunidade.
O Brasil vem padecendo de uma enfermidade chamada impunidade. O problema é que as pessoas parecem não perceberem que o nosso sistema democrático está corroído e que caminhamos para um futuro com desfecho duvidoso e com tendências a prevalência de maior insegurança social. Parece-me que o sentimento de indignação não mais existe, parece-me que o comodismo se estabeleceu de tal maneira, que é impossível reverter o caos social e moral estabelecidos.
E assim sendo, de quem é a culpa? De forma relativa à responsabilidade é do povo claro, cada povo tem o governo e legisladores que merecem e no caso brasileiro o axioma é verdadeiro. Os nossos legisladores e gestores público é uma amostra razoável dessa sociedade corrupta, apática e semianalfabeta.
Para ultimar é premente dizer que falta decência ao povo brasileiro. Sabe por quê? Porque um povo que permite que um governo gaste milhões de reais na construção de estádios de futebol, quando não se tem educação de qualidade, quando faltam hospitais para dar atendimento decente aos doentes, quando milhares estão passando fome devido às secas no Nordeste, este povo não pode ser DECENTE. Este povo é minimamente um povo amoral, aético e corrupto por natureza. Afinal, um povo que se interessa muito pouco por política, se torna o culpado pela deterioração da coisa pública. Uma apatia que espero que não seja perene, pois se assim for roubará as esperanças de um futuro melhor para a nação...
Joel Mesquita, Escrivão de Polícia Judiciária de Mato Grosso.