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Ex-secretário defende “salários compatíveis com o risco” para servidores da segurança

Ex-secretário de Estado de Justiça, o advogado Juarez Marques Batista defende uma maior valorização dos profissionais da segurança pública em Mato Grosso do Sul e acredita que só assim o crime organizado será combatido em pé de igualdade. Batista é avô de Leonardo Batista Fernandes, 19 anos, executado junto com o amigo Breno Luigi Silvestrini, de 18, no final de agosto em Campo Grande.

 

 

“(É preciso) aumento dos efetivos policiais, que devem ser previamente treinados, com o pagamento de salários compatíveis com o risco que correm os agentes da lei na execução de seu mister”, argumenta, em documento que será encaminhado à bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional. O ofício pede, principalmente, intervenção brasileira para tentar derrubar a lei boliviana que dá anistia a carros irregulares no país vizinho.

 

 

Juarez foi secretário de Justiça entre os anos de 1983 e 1986, durante o governo de Wilson Barbosa Martins. Ele cobra ainda aumento da fiscalização por terra, rios e ar, ao longo das fronteiras do Brasil com o Paraguai, Bolívia, Colômbia e Venezuela; apoio logístico eficaz e permanente às forças militares e civis e dotação orçamentária específica, suficiente e transparente, vinculada ao Ministério da Justiça pela União e pelos Estados.

 

 

Leonardo e Breno foram vítimas de latrocínio no dia 30 de agosto, após saírem de um bar em Campo Grande. Eles foram levados para o macroanel viário, na saída para Aquidauana, onde foram executados friamente. Os bandidos queriam a caminhonete em que os jovens estavam, uma Mitsubishi Pajero, que seria levada para a Bolívia e trocada por três quilos de cocaína. Cinco pessoas foram presas, entre elas um adolescente, e um sexto envolvido já teve a prisão decretada.

 

 

“O tráfico de drogas que não tem encontrado resistência correspondente à sua audácia e crueldade, especialmente diante da inércia do governo brasileiro, que tem feito vistas grossas ante a imoralidade criminosa do governo da Bolívia, que além de fazer exigências descabidas em prejuízo do interesse nacional, vem “legalizando” os automóveis que aqui são roubados (latrocínio) e logo trocados na Bolívia por cocaína e outras drogas”, critica o ex-secretário.

 

 

 



Fonte:Ronda


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