Entidades pedem ao Governo reajuste de 16,14% para 40 mil servidores
A reposição salarial dos servidores públicos de Mato Grosso do Sul foi marcada para a próxima quinta-feira (31), depois de ofício protocolado na tarde de hoje (28), na Governadoria. Os dirigentes de cerca de 20 entidades pedem o reajuste de 16,14% com base no estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), sobre o salário de dezembro de 2014 a maio de 2016.
O Fórum representa 45 mil servidores, sendo a maioria o mês de maio como data-base. A conjuntura é complexa, pois muitos servidores tiveram reajuste zero na última correção salarial, amargando um ano e meio sem reposição. Esse número de servidores representa 78% do total no Estado, conforme a entidade.
André Santiago, presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), disse que em dezembro de 2014 os agentes receberam um aumento de 12%, referente a correção de distorções salariais.
"Nós não reconhecemos a antecipação, por isso fizemos esse estudo de impacto com base no Dieese que apontou esse reajuste de 16,14%", disse.
Ainda segundo André, o sindicato tentou reajuste anual no mês de abril, mas teve o pedido negado pelo governador Reinaldo Azambuja, que alegou crise. "Ele disse que não faria, pois já tinha dado aumento no fim do ano e alegou crise no Estado. Não há crise, porque houve retomada na arrecadação de janeiro até agora. Todos os anos tem queda no fim do ano, como ele usa a crise para justificar o aumento do imposto?", finalizou.
Sem reajuste nos últimos 17 meses, o tenente Thiago Mônaco Marques, presidente da ASSPM (Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar), ressalta que a Constituição Federal tem esse aumento todo ano, com base na inflação, por isso há discução sobre crise.
Além da reposição salarial, o tenente afirma que cada categoria possui sua reivindição. No caso da Polícia Militar, as petições são: cursos de formação, acesso a informação epidemiológica, código de ética e exigência de curso superior para ingresso na Corporação.
O presidente da AOFMS (Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul)tenente-coronel Alírio Villasanti, disse que o código de ética é projeto em andamento e quanto a exigência de curso superior, pontuou que quanto mais qualificado melhor é o serviço a comunidade. "O melhor é que o policial fosse bacharel em direito", disse.
Wilds Ovando, presidente do SIMTED (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) e membro da diretoria da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), confirmou apoio ao fórum dos Servidores. "Entre as reivindicações da nossa categoria está os salários das merendeiras e serviço de limpeza das escolas, um dos menores salários. Também reinvindicamos um plano de carreira para nossa categoria", disse.
Alexandre Júnior Costa, Presidente do SINTSS-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social no MS) está confiante no reajuste. "No primeiro ano de governo nós não quisemos forçar a barra, mas esse ano a gente acredita que tem como avançar na reivindicações e implantar de forma a atender o compromisso que o próprio governador fez".
Segundo Alexandre, a discussão partirá de dois pontos: "O ganho real em cima do plano de carreira e diminuição da carga horária para 30 horas", finalizou.
A discussão sobre o reajuste de 16,14%, acontecerá no próximo dia 31, no Fórum Dialoga - auditório do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Su), às 9 horas.
Fonte:Midiamax