Entidades locais e nacionais se manifestam contra demissão de policial civil de MS
A demissão do investigador da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Tiago Henrique Vargas, publicada no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira (17), gerou indignação de diversas entidades da segurança pública, não apenas do Estado, mas de vários lugares do País. O Sinpol agradece o apoio e informa que já está tomando todas as medidas cabíveis para cancelar a demissão.
A Feipol-Con, em conjunto com as Federações Regionais do Nordeste, Norte, Sudeste e Sul, e a Cobrapol se manifestaram contra a demissão do policial civil. Segundo a nota em conjunto, é inadmissível que a exposição de opiniões de qualquer natureza, demonstradas sob o livre, sagrado e constitucional direito de expressão, seja penalizada no âmbito da administração pública, sendo tal ato evidenciado flagrantemente como mecanismo de perseguição e punição, característicos de nações antidemocráticas e ditatoriais.
O Sindpol do Pará também manifestou apoio ao policial e à luta do Sinpol MS para o cancelamento da demissão. Para o Sindpol-PA, o Estado pratica, além da lei da mordaça, a perseguição aos servidores públicos por discordarem do governo. "É inadmissível que um profissional da segurança pública passe por represálias como essa", diz a nota.
Para o Sinpol de Sergipe, a decisão foi autoritária, motivada apenas pelo posicionamento duro e incisivo que o profissional emitia em suas redes sociais, com opiniões contrárias aos políticos da região. Também manifestaram apoio os sindicatos dos policiais civis do Rio Grande do Norte, Alagoas e Amazonas.
A Associação dos Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul (AME-MS) foi uma das instituições de MS que também se solidarizou com o investigador, além de se colocar à disposição para ajudar no que for possível, endossando a luta do Sinpol. O Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social no MS (SintssMS) também manifestou sua solidariedade e afirmou que acredita que a justiça possa prevalecer neste caso e garantir, na medida da lei, que o servidor público possa ter a liberdade de expressão garantida e seu emprego de volta.
Para o Sindicato dos Servidores do Detran/MS (Sindetran/MS), é vergonhoso assistir esse tipo de ação e perseguição a quem exerce suas liberdades constitucionais. "Somos contra qualquer perseguição política de servidores públicos e de qualquer cidadão, por isso hoje, mais que nunca, defendemos os concursos públicos e a estabilidade, que são as únicas garantias de um Estado mais eficiente no atendimento à população e sem os vícios de governos transitórios", diz a nota.