Em visita à Delegacia de Rio Verde, Sinpol fica chocado com a situação
Nesta segunda-feira, dia 02/09, o Presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa da Silva e o Diretor Jurídico, Giancarlo Corrêa Miranda, estiveram em visita à Delegacia de Polícia Civil da cidade de Rio Verde e, na ocasião, conversaram com os policiais ali lotados.
Barbosa explicou que a presença do Sinpol era em razão da interdição das celas da Delegacia e do acúmulo de presos.
“Porém, o que vimos, foi muito mais alarmante. Existem quatro celas interditadas pelo Corpo de Bombeiros desde julho deste ano, após uma rebelião, ficando os presos custodiados numa única cela. Ontem, havia sete custodiados, trancafiados no que se chama “corró”, sem segurança mínima para os detentos e também para os policias civis que fazem a segurança do local!”, indignou-se Barbosa.
O lixo deixado durante a rebelião ainda está no local.
O lixo deixado durante a rebelião ainda está no local.
O Presidente também verificou que, desde a interdição das celas por conta da rebelião, nada foi feito, nem a limpeza, muito menos a reforma das avarias.
Os policiais civis de Rio Verde e o Sinpol têm conhecimento que há um processo judicial que interditou as celas da Delegacia de Rio Verde desde 2009 e, mesmo com a reforma do prédio, ocorrida em 2011, ainda não foi levantada a interdição.
Os presos estão todos em cela única.
Os presos estão todos em cela única.
“Diante dessa situação crítica, fomos até o Fórum para verificar o andamento do processo de interdição. Essas condições são inaceitáveis e não podem permanecer dessa forma.”, ressalta Giancarlo.
O Sinpol conversou com o juiz titular de comarca, Dr. Pedro Henrique Freitas de Paula, que informou que estava entrando de férias e que o processo de interdição da Delegacia está em seu gabinete aguardando despacho. Também comunicou que, em razão da rebelião dos presos ocorrida em julho deste ano, elaborou um pedido de providências em consonância com o Ministério Público para que a Delegacia tenha um novo endereço, permanecendo no local somente a cadeia pública, a Cargo da Agepen e, ainda ressaltou que existe verba do Conselho da Comunidade do Município para ajuda no custeio da nova estrutura, devendo ficar a cargo do Governo Estadual a disponibilização de agentes penitenciários.
O que foi destruído permanece sem conserto.
O que foi destruído permanece sem conserto.
Com o objetivo de envolver a classe política e a sociedade civil na retirada dos presos da Delegacia, Barbosa afirmou que tentará a realização de uma audiência pública em Rio Verde, uma vez que a função dos Policiais Civis é investigar e buscar a autoria dos crimes e não cuidar de presos.
“O que o povo espera é uma Polícia eficiente e cumpridora de suas obrigações, que é a aplicação da justiça. Enquanto estivermos no Sinpol, não haverá um dia em que deixaremos de lutar pela nossa classe, por seus direitos. Chega de fazermos aquilo que não é nossa atribuição! A custódia de presos é função dos agentes penitenciários, os policiais civis têm o dever constitucional de apurar as infrações penais, o que a sociedade necessita.”, finalizou , estarrecido, Barbosa.
Fonte:Sinpol/MS