Em reunião com secretário da Sejusp, Sinpol-MS reitera pleitos dos policiais civis.
O Sinpol-MS reuniu-se com o secretário de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, na tarde desta quinta-feira (15), para reiterar os pleitos dos policiais civis e apresentar o posicionamento da entidade sobre a reforma das delegacias e a paralisação do SIGO.
Ontem o Tribunal de Justiça e o Governo do Estado assinaram um convênio para a reforma das delegacias através do programa “Mãos que Constroem”, embora o sindicato continuamente cobre o investimento nas delegacias com o intuito de proporcionar um ambiente adequado de trabalho para os policiais civis, a categoria requer que as obras adequem o prédio para uma estrutura de delegacia e não de presídio. “Não aceitaremos reformas somente em celas para que o prédio abrigue mais detentos. Vamos exigir que os presos sejam retirados e que a obra contemple a necessidade e o conforto da população que vai à delegacia em busca de atendimento e dos policiais civis”, afirmou o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda. O secretário da Sejusp afirmou que agentes penitenciários vigiarão os presos que participarão das obras, garantindo a segurança do prédio.
SIGO
O Sinpol-MS apresentou ao secretário da Sejusp toda a problemática que a falta do sistema está causando tanto para os policiais civis, que estão tendo limitações para desenvolver seu trabalho, quanto para a população que está mais vulnerável a ação da criminalidade, pois não há como registrar ocorrências e cumprir mandatos de prisão. “É uma situação inaceitável e que persiste há cerca de três meses. Já passou da hora do governo ter um sistema próprio para gerenciamento de informações cruciais que podem impactar a vida de centenas de pessoas”, declarou o diretor jurídico do Sinpol-MS, Max Dourado. O secretário Barbosa informou que a negociação com a empresa fornecedora do SIGO está avançando, porém ainda não há a previsão de quando o sistema voltará a funcionar.
CUSTÓDIA DE PRESOS
Novamente o sindicato solicitou a apresentação do cronograma de retirada dos presos das delegacias que a Agepen apresentou à Sejusp. Contudo, o secretário Barbosa declarou que o projeto apresentado se mostrou inexequível e solicitou que ele seja refeito pela Agepen. Porém assegurou que as delegacias de Ivinhema, Caarapó e Chapadão do Sul serão as primeiras atendidas. Durante a conversa, Giancarlo lembrou que este é um compromisso firmado pelo governador Reinaldo Azambuja com a categoria e que precisa ser prioridade na secretaria. “Nossos companheiros estão heroicamente cumprindo uma missão que não lhes compete, confiando no compromisso feito com o governador, porém não aceitaremos procrastinação. Queremos ver o início das ações já”, afirmou o presidente.
CONCURSO PÚBLICO
O Sinpol-MS reiterou o pedido para abertura de concurso público para os cargos de agentes de polícia científica, perito papiloscopista e perito criminal com o intuito de suprir o quadro de efetivo que está deficitário, além da publicação do edital para os cargos de escrivão e investigador. O secretário informou que está sendo analisada a possibilidade de ampliar as vagas, porém ainda não há previsão de quando o edital será publicado. O sindicato requereu que os aprovados no concurso público tenham mantido o direito de que o Curso da Academia de Polícia Civil não seja etapa obrigatória para o concurso. “Não aceitaremos retrocesso. Essa foi uma das grandes conquistas dos policiais civis que ingressam na instituição com todos os seus direitos garantidos”, declarou o secretário-geral do Sinpol-MS, Jaime Martinelli.
CARGOS DE CHEFIA
O preenchimento do quadro de cargos de chefias para os cargos de agentes de polícia judiciária e científica foi lembrado durante a conversa. “As outras carreiras conseguem preencher esses cargos, porém, estranhamente, os da nossa categoria não. É preciso que a administração estadual valorize os policiais civis que desempenham esse trabalho, considerando que este já é um direito assegurado em lei”, concluiu o presidente.
Fonte:Assessoria de Comunicação Sinpol-MS