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EM O ESTADO MS: Servidores públicos de várias áreas reivindicam reajuste salarial

Guilherme Pimentel/Arquivo OEMS

Servidores públicos estaduais e municipais dos três setores que mais são usados nas promessas das campanhas eleitorais e que a população mais cobra por resultados travam uma dura disputa por reajuste salarial com a Prefeitura de Campo Grande e o governo do Estado neste mês de maio. Funcionários da Saúde, Educação e Segurança Pública tentam garantir aumento na remuneração, com ameaça de paralisação geral dos serviços caso não sejam atendidos.

No âmbito municipal, a situação é mais crítica. A primeira categoria a entrar em greve foi a dos médicos. São 1,4 mil profissionais que trabalham nas unidades de saúde e cruzaram os braços desde quarta-feira (6) e por tempo indeterminado. Somente os atendimentos de urgência e emergência, que envolvem risco de morte, estão sendo realizados. A negociação começou em 26 de janeiro.

O presidente do Sinmed-MS, Valdir Siroma, afirmou que a única proposta que tem recebido é de ter “paciência” e “reajuste zero”. “Fui chamado para uma reunião hoje (ontem) e fiquei a manhã toda para não ouvir nada. Eles também não aceitam documentar nada. Ainda estão expondo profissionais, apresentando holerite de médicos (na quarta o secretário de administração, Wilson do Prado, mostrou vencimentos de um profissional no valor de R$ 40 mil, com somando plantões e salário-base)”.

Os enfermeiros e técnicos em enfermagem discutiriam ontem à noite a paralisação. Para gerar mais descontentamento, diversos profissionais reclamaram para o sindicato da categoria que já houve corte no pagamento de plantões de março, depositados neste mês. O divulgado pela prefeitura era que esses cortes só aconteceriam para os plantões de maio, que serão pagos em julho.

Servidores administrativos de escolas e Ceinfs (Centros de Educação Infantil) realizaram nesta semana uma paralisação de um dia para cobrar a prefeitura e se reúnem em assembleia até a próxima semana para definir greve. Os professores esperam para 11 de maio ouvir uma contraproposta da administração municipal e definir se cruzam ou não os braços. A categoria já parou por quase um mês ano passado.

No Estado, 26 sindicatos unidos no Fórum dos Servidores Públicos Estaduais aguardam para dia 12 a proposta de reajuste linear. Na terça-feira (5), eles protestaram na Governadoria com medo de que a oferta seja de “reajuste zero”. “O servidor é o que representa o governo do Estado. Se ele estiver desmotivado, não vai oferecer um bom serviço. Não descartamos nada, inclusive greve, se não formos atendidos. Os servidores estão unidos”, afirmou o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) e do Fórum, Alexandre Barbosa, 41.

Os sucessivos aumentos de impostos e crescimento da inflação foram apontados como motivos, por Barbosa, para que os servidores estejam mais unidos neste ano para cobrar melhorias de salário e de condições de trabalho. 

Fonte:Rodolfo César - O Estado MS


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