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Em greve, policiais civis deixam de registrar casos de menor gravidade

Os policiais civis de Goiás voltaram a paralisar as atividades nesta terça-feira (20). Esta é a segunda vez em uma semana que os agentes interrompem os serviços em reivindicação por aumento salarial. Apenas os crimes considerados hediondos, como estupros e assassinatos, foram registrados em algumas delegacias e muita gente voltou para casa sem atendimento. A paralisação começou às 8h e deve durar até o final desta quarta-feira (21).

 

Agentes e escrivães trabalharam em regime de escala, chegando a um máximo de cerca de 900 servidores trabalhando simultaneamente em todo o estado, o que representa 30% do efetivo, segundo estimativa do Sindicado dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol).

 

A direção da Polícia Civil determinou que os delegados fiscalizem as delegacias e enviem, em um prazo de 24 horas, um relatório com os nomes dos funcionários que não trabalharam. O ponto referente a esta terça-feira poderá não ser pago.

 

Na Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), em Goiânia, a movimentação foi intensa. Representantes do Sinpol tentaram impedir o registro de ocorrências, mas o serviço acabou sendo feito normalmente.

 

Em outros locais, como no Complexo de Delegacias da Cidade Jardim, os grevistas impediram a entrada de populares e os serviços não foram realizados.

 

Agentes prisionais

 

Outra categoria que paralisou as atividades foi a dos agentes prisionais. Cerca de 24 horas após cruzarem os braços, os grevistas conseguiram um acordo com o secretário da Administração Penitenciária e Justiça, Edemundo Dias.

 

Apesar de não haver uma proposta concreta, os agentes voltaram ao trabalho. Daqui a 30 dias eles voltarão a se reunir com o secretário para discutir o reajuste salarial. “Abriu-se as mesas de negociações e nós vamos esperar uma resposta por parte do governo em um prazo razoável. A partir daí, decidiremos se a greve continua ou não”, afirmou o presidente da Associação dos Agentes Prisionais, Jorimar Bastos.

 

Na segunda-feira (19), a greve provocou transtornos na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia. Os carros da Polícia Civil ficaram estacionados nas proximidades do complexo, mas os policiais tiveram que retornar para as delegacias com os presos.
 

 



Fonte:Sinpol - GO


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