DP de Caarapó sofre com falta de investimentos e efetivo, constata Sindicato.
Dando continuidade ao ciclo de reuniões antecessoras a Assembleia Geral Ordinária, o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda, o vice-presidente, Paulo Queiroz, e o coordenador da secretaria dos aposentados, Rildo Maranhão, nessa quarta-feira (24), reuniram-se com os policiai civis lotados em Caarapó para conhecer as demandas da categoria.
Constatou-se que a delegacia tem sofrido com a falta de investimentos na estrutura para que o policial civil possa trabalhar. “Não há nenhum veículo com chassi alto para atender diligências nas áreas rurais e aldeias indígenas. O Enafron teria destinado uma caminhonete para a cidade, mas até hoje ela não chegou”, afirmou o vice-presidente do Sinpol-MS, Paulo Queiroz. O prédio não tem sistema de vídeo monitoramento, alguns móveis foram providenciados pelos servidores, há três viaturas em funcionamento e uma estragada. Há mais de um ano não são encaminhadas munição à delegacia.
Outro problema enfrentado é o efetivo insuficiente para atender a demanda da região. Atualmente, há somente três escrivães, nove investigadores e um perito papiloscopista. “Não há nenhuma investigadora para fazer a revista em pessoas presas do sexo feminino, o que possibilita que objetos, que podem ser usados em uma tentativa de fuga, entrem nas celas da delegacia”, destacou. O efetivo reduzido também afeta a escala de trabalho que, no momento, conta apenas com um policial civil por plantão, quando o ideal seria quatro.
Custódia de presos
A delegacia de Caarapó está custodiando 54 presos, sendo que dois são do sexo feminino e um que já está condenado. Estão sendo cumpridos os procedimentos previstos na Lei de Execução Penal, pois há um prédio separado da delegacia, mas na mesma área, onde ficam alojados os presos. A delegacia de Caarapó é apontada como uma das unidades prioritárias para que a Agepen assuma a custódia dos presos assim que o próximo concurso estiver efetivado.
O Sinpol-MS tem reiterado pedidos para diminuição dos presos no local através de ofícios as autoridades competentes. No encontro, os sindicalistas falaram aos policiais civis para que prestem os atendimentos aos detentos somente quando houver segurança para os servidores e que sigam as orientações de procedimento contidas na cartilha disponibilizada pelo Sinpol-MS.
“Delegacia não é presídio. É preciso retirar todos os detentos e destiná-los ao lugar correto para aguardar o julgamento ou cumprir sua sentença, conforme determina a Lei de Execução Penal”, declarou o presidente do sindicato.
Fonte:Assessoria de Comunicação Sinpol-MS