Arquivo Sinpol/MS

O presidente do SINPOL/MS, Alexandre Barbosa da Silva, acompanhado do vice-presidente, Roberto Simião de Souza se reuniu na última semana com o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), cel. Deusdete Oliveira para tratar da situação de presos condenados nas delegacias de polícia de Mato Grosso do Sul.

Segundo levantamento realizado pela diretoria do sindicato, várias delegacias do estado mantém presos já condenados pela justiça aguardando para serem transferidos para um presídio.

A preocupação dos diretores é que as unidades policiais não possuem estrutura mínima para abrigar detentos, e no caso de presos condenados, a preocupação é ainda maior, visto que diferente das delegacias, nos presídios eles podem contar com toda assistência que a lei oferece.

“Na delegacia é impossível fazer valer a Lei de Execução Penal que oferece ao preso atendimento médico, psicológico, visitas íntima, banho de sol entre outros. Isso gera grande revolta entre os apenados e coloca em risco a vida dos policiais e da população vizinha”, explicou Barbosa.

Durante a reunião, Barbosa entregou um relatório ao Coronel, com os dados dos detentos e a delegacia onde se encontram e solicitou que seja feita a remoção imediata destes presos para uma penitenciária.

O cel. Deusdete disse aos diretores que fará um levantamento das informações recebidas e se comprometeu em verificar em quais presídios há vagas para autorizar a remoção dos presos.

A diretoria do sindicato acredita que a transferência destes detentos aconteça muito em breve, em razão da criação da Coordenadoria das Varas de Execução Penal (Covep) que é responsável por controlar e fiscalizar o sistema carcerário de modo a amenizar o problema da superlotação carcerária, além de gerenciar as transferências temporárias ou definitivas de presos entre as unidades prisionais do Estado.

O Sinpol vem travando intensa luta desde o início da gestão anterior, com a finalidade de retirar todos os presos das delegacias de Mato Grosso do Sul para que os policiais civis possam realizar sua atividade fim, que é investigar os crimes praticados contra a população de maneira satisfatória.