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Delegado-geral da Polícia Civil apresenta demandas durante reunião do Coisec

O Conselho Institucional de Segurança de Campo Grande (Coisec) se reuniu, na manhã desta terça-feira,19/10, no auditório do Ministério Público Estadual, para discutir temas de relevância para a segurança pública do Mato Grosso do Sul. Fizeram parte da mesa, o presidente do Coisec, tenente-coronel Claudemir de Melo Domingos Braz, o secretário do Coisec, delegado Carlos Delano, o juiz da auditoria militar, Alexandre Antunes, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Paulo Gimenez, o delegado-geral da Polícia Civil, Adriano Garcia Geraldo, o coordenador de operações do Ciops, tenente-coronel Jonildo Theodoro de Oliveira.

Durante o encontro, que debateu sobre audiência de custódia,  o delegado-geral apresentou algumas demandas para serem deliberadas pelo conselho, como por exemplo: a imputação de falsa comunicação de crime ou denunciação caluniosa ao criminoso que disser na audiência de custódia que sofreu alguma agressão por parte dos policiais que o prendeu, quando for comprovado que esta prática não ocorreu.

Segundo o delegado, muitos criminosos estão instruídos a dizer nas audiências de custódia que apanharam dos policiais e toda vez que isso acontece é preciso abrir procedimento, que toma tempo e desgasta a imagem do policial, que muitas vezes precisa pagar um advogado para defendê-lo no processo, para ao final, descobrir que o preso estava mentindo.

“Não estou dizendo que o mau profissional não deve ser punido, muito pelo contrário, mas em muitos casos, percebe-se que o preso diz isso só para desqualificar a prisão, então, gostaria de solicitar que já na audiência de custódia ele seja orientado que ao se comprovar que ele estava mentindo, ele irá responder por falsa comunicação de crime e denunciação caluniosa, além do crime que o levou para a prisão”, justificou.

A segunda solicitação diz respeito à manutenção da prisão dos pequenos traficantes, com várias passagens pelo mesmo crime e também a possibilidade de internação compulsória para os usuários de drogas, que vivem na área central, conhecidos como “drogaditos”, que têm praticado furtos simples reiterados na capital e quando são soltos continuam furtando a população e o comércio.  “A sociedade nos cobra e não entende o porquê os usuários que praticam furtos simples são soltos, por isso, acredito que temos que pensar em uma forma de envolver outras instituições neste trabalho, e juntos, fazermos esses encaminhamentos, para que possamos dar mais segurança para a população e evitar que os crimes de furtos simples se transformem em algo mais grave”, comentou.

O Coisec  foi instituído em 2018 e é formado por delegados da PCMS, Oficiais da PMMS, Promotores de Justiça do MPMS, PRF, Agepen e Corpo de Bombeiros. O objetivo é buscar, de forma integrada, a solução para os problemas referentes à segurança pública e desta forma oferecer um melhor atendimento à população.

Fonte: PC MS


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