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Os primeiros registros sobre o povoamento da região de Mato Grosso datam de 1718, quando Pascoal Moreira Cabral chegou a Coxiponés (atual Cuiabá) para aprisionar índios e buscar ouro. Em 08 de abril de 1719 nascia o arraial de Forquilha, que anos depois se tornaria a cidade de Cuiabá.

Em 1719, os irmãos Leme, acompanhados de escravos, pretendiam chegar ao arraial de Forquilha pelo caminho conhecido como Camapuã. No entanto, se fixaram naquele local e assim fundaram o primeiro núcleo de Mato Grosso do Sul, a fazenda Camapuã.

Devido a litígios entre paraguaios, argentinos e brasileiros pelo território, foram construídas cidades e fortificações militares nas fronteiras portuguesas, tais como: o Forte Coimbra em 1775; o Arraial de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque (atual Ladário) em 1778; o presídio de Miranda, em 1797, às margens do rio Mondego (rio Miranda).

O general Francisco Solano Lopez, governante do Paraguai, no final de 1864 começou tentativas de conquistar territórios em disputa entre Argentina e Brasil. A Guerra do Paraguai (1864-1869) destruiu principalmente as cidades de Nioaque, Miranda e Corumbá. Somente em 1870 essas cidades puderam começar a ser reconstruídas.

Em 1892 alguns revolucionários, liderados pelo coronel João da Silva Barbosa, tentaram criar um novo Estado. Mas foi em 1932, com a Revolução Constitucionalista, que foi criado, sem a autorização da União, o Estado de Maracaju, tendo Vespasiano Martins como seu governador. No mesmo ano, foi criada a Liga Sul-Mato-Grossense com o propósito de lutar pela autonomia da região sul de Mato Grosso.

Em 1974, a campanha pela autonomia ganhou mais força graças à publicação da Lei Complementar nº 20, que estabelecia a legislação básica para a criação de novos Estados e territórios. A ideia de desmembramento teve como base os distintos interesses e aspirações regionais, porém o norte resistia, por temer o enfraquecimento da economia local.

O Estado de Mato Grosso do Sul foi criado com a Lei Complementar nº 31 de 11 de outubro de 1977, sendo definida a cidade de Campo Grande como a capital. Em 31 de março de 1978, o engenheiro Harry Amorim Costa foi nomeado Governador do Estado.

O governo federal, na época, justificou o desmembramento devido ao Estado do Mato Grosso ter uma área grande para comportar uma administração eficaz; a diferenciação ecológica entre as duas áreas, sendo que Mato Grosso do Sul é uma região de campos, particularmente indicada para a agricultura e a pecuária, e Mato Grosso, que está localizado na entrada da Amazônia, uma região bastante menos habitada e explorada, e em grande parte coberta de florestas.

Os sul-mato-grossenses

A população de Mato Grosso do Sul é formada por migrantes vindos principalmente dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo atraídos pelo agronegócio e pelas oportunidades do setor do comércio. O novo Estado também atraiu imigrantes de países como o Japão, Líbano, Palestina, Itália, Paraguai e Bolívia. Além de ter a segunda maior população de ameríndios do país formada por etnias tais como: Atikum, Guarany Kaiwá, Guarany Nhandéwa, Guató, Kadiwéu, Kamba, Kinikinawa, Ofaié, Terena e Xiquitano.

Na época de sua criação, final da década de 1970, o Estado contava com uma densidade média de 3,9 habitantes por quilômetro quadrado. Alguns municípios chegavam a ter mais de cinquenta habitantes por quilômetro quadrado.

Em 2014, o IBGE estima que Mato Grosso do Sul tenha 2.619.657 habitantes, ou seja, que a densidade demográfica seja de 6,86 por quilômetro quadrado.
 

Fonte:AssComSinpol-MS com Informações da Internet