Com ameaça de colapso na saúde, governador determina toque de recolher em MS a partir de segunda-feira
Com informações: Governo do EstadoCom ameaça de colapso na saúde, governador determina toque de recolher em MS a partir de segunda-feira
Com o crescente número de mortes causadas por infecções de coronavírus e hospitais superlotados à beira do colapso, o governador Reinaldo Azambuja determinou toque de recolher em todo o território de Mato Grosso do Sul a partir da próxima segunda-feira, dia 14 de dezembro. A medida será imposta por 15 dias para conter o avanço da Covid-19.
Diante do decreto válido para os 79 municípios sul-mato-grossenses, os cidadãos não poderão sair de casa entre 22h e 5h. Há exceção em casos de trabalho e emergência médica. Serviços não essenciais como bares e restaurantes devem permanecer fechados durante o horário de restrição.
“Estamos no limite de ocupação dos leitos em todo o Mato Grosso do Sul. Se não adotássemos essa medida neste momento poderíamos explodir a capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Como a cada dia que passa mais pessoas estão sendo contaminadas, tivemos que pisar no freio para não faltar leitos. Tivemos que tomar essa atitude para evitar mais mortes”, afirmou Reinaldo Azambuja.
A fiscalização do toque de recolher será feita pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Vigilância Sanitária Estadual. Guardas municipais e vigilâncias sanitárias municipais vão reforçar a inspeção.
Conforme o decreto estabelecido pelo governador, os municípios devem adotar as recomendações sanitárias definidas pelo Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir) durante a restrição de circulação de pessoas. Casos de municípios que não seguirem as regras serão encaminhados ao Ministério Público Estadual (MPMS).
O presidente do Sinpol MS, Giancarlo Miranda, orienta que os policiais civis tenham como principal preocupação no trabalho, a segurança com a própria saúde.
“Com o crescimento exponencial dos casos, observamos que nosso efetivo não está em condições de trabalho adequadas diante do que é exigido pelas normas de saúde, muitos sem os equipamentos que garantem a segurança para aqueles que estão lidando com o público ou aglomerações. Caso observem que as condições não são propícia, eles devem fazer a denúncia aqui no sindicato que nós vamos tomar as medidas necessárias”, afirma Giancarlo.