Cobrapol rebate Fiesp e questiona quem realmente onera os cofres públicos
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) tem se manifestado solicitando aos deputados e senadores que não derrubem o veto presidencial que congela por dois anos o reajuste dos servidores públicos federais, estaduais e municipais. Em vídeo veiculado nas mídias, a entidade questiona o reajuste dos servidores, associando a perda da renda de milhares de famílias, durante a pandemia do coronavírus, aos servidores públicos.
A Coprapol lembra que as 50 empresas que mais devem à Previdência sonegaram quase R$ 50 milhões e muitas delas são filiadas à Fiesp, questionando quem realmente onera os cofres públicos. A entidade lembra ainda que somente esse montante serviria para pagar um mês de auxílio emergencial, no País.
"A Fiesp não menciona que, enquanto muitas empresas recebem apoio do governo federal e trabalham em home office, profissionais da saúde e da segurança estão nas ruas, arriscando suas vidas para cuidar da população. Queremos apenas manter nossos direitos, duramente conquistados, não apenas de reajuste salarial, mas de progressões funcionais e promoções previstas para 2020 e 2021", afirma a Cobrapol.
O congelamento dos reajustes estava contido na Medida Provisória (MP) nº 909, do Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (Covid 19) para estados, Distrito Federal e municípios. O presidente Jair Bolsonaro vetou o dispositivo que permitia a concessão de reajuste a servidores públicos até 2021. A Lei Complementar 173, de 2020, foi publicada no dia 28 de maio, no Diário Oficial da União. Agora, cabe novamente aos parlamentares decidirem se derrubam ou não o veto.