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 O clima na Polícia Civil do Rio de Janeiro não é dos melhores. Ao SRZD, o comissário Fernando Bandeira afirmou que o sentimento na corporação é de que haverá uma greve ou, pelo menos, uma grande manifestação. A categoria decide em assembleia, na próxima segunda-feira (19), na sede do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sinpol), se adere à paralisação nacional das forças policiais marcada para a quarta-feira, dia 21 de maio.

Além de melhores condições de trabalho, a categoria pede aumento salarial. O sindicato submeteu há dois anos ao governo do Rio uma pauta de reivindicações, mas não obteve respostas até agora. Para piorar, o prazo para incluir no orçamento de 2014 a Gratificação de Delegacia Legal (GDL) de R$ 850 terminou na quinta-feira (15). A ação foi prometida pelo ex-governador Sérgio Cabral.

A pauta de reivindicações foi entregue ao governo novamente nas mãos do secretário Sérgio Ruy. De acordo com Bandeira, ele afirmou que a resposta deveria partir de Luiz Fernando Pezão, que estava perto de assumir o governo do Rio. O atual governador, porém, "tomou posse e não resolveu nada", segundo o comissário. A categoria pede um encontro com Pezão.

"A gente não quer greve pela greve. Então a gente vai forçar a barra, a gente quer que o governador nos receba logo", disse Bandeira.

Segundo o comissário, a assembleia da próxima segunda-feira vai definir o futuro da categoria. Bandeira afirma que "há uma certa divisão" e todas as opiniões serão ouvidas. Alguns pedem um acordo, mas outros preferem greve de 24 horas e até de mais de um dia. A certeza de Bandeira é de que algo acontecerá se as reivindicações não forem atendidas até o final de maio.

"A gente sente que haverá no mínimo uma manifestação maior ou uma greve de no mínimo 24 horas. Se até o final de maio não tiver solução, acho que certamente explodirá uma greve de 24 horas, independente da greve nacional", afirmou Bandeira ao SRZD.

Fonte:SRZD