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Cidades sofrem com falta de delegados, juízes e promotores

Correio do Estado
Grande problema é a falta de efetivo.

A falta de juízes, promotores, defensores públicos e delegados em Mato Grosso do Sul compromete o andamento de processos judiciais e de investigações policiais. Em 16 cidades, faltam delegados para dar andamento às investigações dos crimes. Em outras 13, faltam promotores para levar os casos ao judiciário e, em alguns casos, não há juízes para julgar os casos denunciados.

 


De acordo com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul (OAB/MS), Leonardo Avelino Duarte, apenas casos que merecem atenção especial percorrem um caminho normal no Estado. “Só andam casos de emergência”, afirmou.

 


Segundo levantamento, as cidades do interior do estado são as que mais sofrem com a falta de efetivo.

 


O município de Pedro Gomes é um exemplo do déficit de profissionais “Só temos promotor”, falou a presidente da OAB na cidade, Silvana Zubcob. A cidade está sem juiz desde outubro do ano passado e sem delegado desde janeiro deste ano e não há defensor público também.

 


Mesmo nas cidades maiores, como é o caso de Dourados - segunda maior cidade do estado, com 200 mil habitantes, a quantidade de profissionais não é o suficiente para atender a demanda.

 

 

Polícia Civil


De acordo com o assessor de imprensa da Delegacia Geral da Polícia Civil, delegado Matusalém Satolani, apesar da quantidade de profissionais de sua classe ser pouca em MS, há um rodízio que satisfaz a necessidade de delegados. “O delegado não mora na cidade, mas ele vai até a cidade. Quem responde por Rochedo, por exemplo, é o delegado de Corguinho e Jaraguari, pelo delegado de Bandeirantes”, explicou.

 


Para o vice-presidente do SINPOL/MS, Roberto Simião de Souza, a falta de profissionais de segurança pública, reflete em grande prejuízo principalmente para a população. “A sociedade é a maior prejudicada com a falta de efetivo, uma vez que deixam de receber atendimento adequado”, disse.

 


Outra questão apontada pelo vice-presidente é em relação ao desvio de função dos policiais civis. “O quadro de policiais já é defasado, e ainda temos o agravante do desvio funcional, onde investigadores e escrivães são obrigados a custodiar presos nas delegacias, atrapalhando ainda mais a elucidação dos crimes praticados contra a população nos municípios”, argumentou.

 


De acordo com dados da secretaria de segurança, Mato Grosso do Sul possui um déficit de aproximadamente 1.030 investigadores e escrivães, isso sem contar com os cerca de 40 profissionais que são aposentados anualmente.

 


O sindicato tem buscado maneiras de mudar este cenário. Umas das reivindicações da categoria é a abertura de concurso público para suprir o déficit de policiais no estado, bem como uma política de valorização do policial civil.

 

 

 

Com informações Jornal Correio do Estado

 



Fonte:Sinpol/MS


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