Carreata contra a PEC 32 teve adesão maciça de entidades que representam servidores da segurança pública
Na tarde desta quarta-feira, 23, Campo Grande viveu uma manifestação histórica, com a carretada organizada pelo Sinpol-MS em parceria com demais entidades que representam os servidores da segurança pública contra a PEC 32, da Reforma Administrativa, que tramita no Congresso Nacional. A ação integra dia de Mobilização Nacional contra a PEC.
A carreata partiu da Casa da Mulher Brasileira, seguindo pela Avenida Duque de Caxia, Afonso Pena, Via Parque, Avenida Mato Grosso e Parque dos Poderes até a Assembleia Legislativa. O presidente do Sinpol, Giancarlo Miranda, destacou que carreata unificou todas as entidades que representam os policiais civis, os policiais penais, policiais federais, policiais rodoviários federais, guarda municipal e outras entidades dos servidores públicos.
“Mostramos, em um ato histórico, que estamos unidos contra a PEC 32. Venha conosco também nessa luta, porque a luta não é só das entidades, mas também de vocês que estão nas delegacias porque essa PEC 32 piora nosso atual cenário, acaba com a estabilidade, pode colocar outros cargos dentro da instituição e colocar o nosso em extinção, são vários fatores que podem ocorrer com a sua aprovação”, assevera Giancarlo Miranda. Ele alerta que ao retirar a independência das polícias, as operações ficarão comprometidas. “Se for contra apadrinhados ou aliados políticos, por exemplo, não ocorrerão e quem perde com isso é a sociedade, nosso País pode voltar a um período de trevas e alarmante falta de segurança”, complementa.
A presidente da Adepol-MS, Regina Márcia Rodrigues, lembra que o movimento é nacional, com o propósito de conscientizar toda a sociedade brasileira sobre os efeitos nefastos da PEC 32, da Reforma Administrativa, que traz prejuízos não só aos policiais, mas a toda a sociedade. “Vai permitir que sejam contratados servidores apenas por indicação política, criando cargos políticos, acabando com concurso público e propiciando a corrupção e descrédito do Estado brasileiro. Enfim, acaba com o serviço público de forma geral”.
Presidente do Sinpap-MS, João César de Carvalho Moreira, entidade que representou em MS os peritos papiloscopistas contra a PEC, destacou que proposta promove um desmonte que prejudica não somente os funcionários públicos, mas toda a sociedade. “Estamos imbuídos contra essa PEC e queremos enfatizar que nossa bancada federal deve se colocar junto aos funcionários públicos do Estado contra essa PEC que só vem a prejudicar toda a categoria”.
Para o presidente do Sinpof-MS, Sebastião Renato da Costa Oliveira é preciso que o cidadão esteja atento aos prejuízos que a PEC vai trazer a todos, a partir do desmonte do serviço público. “Os peritos oficiais forenses de Mato Grosso do Sul em harmonia, em consenso com as demais categorias da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul manifesta o seu ‘não’ contra a PEC 32, que permite apadrinhamento e desmanche do serviço público”.