Audiência discute papel do Brasil em fabricação de bombas que vitimam civis
A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional vai debater hoje a fabricação no Brasil de munições cluster – bombas com submunições internas que, ao explodirem, lançam estilhaços de materiais cortantes por centenas de metros.
Esse tipo de arma é considerada altamente letal, especialmente para civis. Além disso, podem não detonar imediatamente, como as minas terrestres, e permanecer no solo até que exploda, razões pelas quais existe pressão internacional para aumentar o controle sobre seu uso.
De acordo com a Cluster Munition Coalition, uma ONG internacional que combate as bombas cluster, esse tipo de arma já minou o solo de 20 países e matou e feriu pelo menos 13 mil civis.
“Não se sabe a quantidade de armas cluster feitas no País, somente que ele é um dos maiores produtores”, afirma a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), que propôs o evento. A parlamentar quer discutir também os motivos que levaram o Brasil a não assinar o Tratado de Oslo, que proíbe a produção, estocagem, venda e o uso dessas bombas.
Foram convidados:
- o chefe de Assuntos Estratégicos do Estado-Maior das Forças Armadas, general Gerson Garcia de Freitas;
- o professor da Universidade Federal do Pampa (RS), Cristian Ricardo Wittmann; e
- o representante das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento, embaixador aposentado Sérgio de Queiroz Duarte.
A audiência será realizada a partir das 14h30, no plenário 3.
Fonte:Agência Câmara Notícias