Sinpol-MS

O Sinpol-MS constatou a presença de uma adolescente na delegacia de Bodoquena de forma irregular há mais de uma semana. O fato foi observado durante visita de rotina da entidade nesta terça-feira (26). A unidade não possui cela adequada para a permanência da jovem no lugar, que tem quer ser retirada da cela diversas vezes ao dia para que possa utilizar o mesmo banheiro utilizado pelo público que vai ao local. Situação que possibilita a fuga da adolescente e representa risco à segurança dos visitantes e dos policiais civis. Segundo o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda, o efetivo em Bodoquena é reduzido e conta com apenas uma policial civil do sexo feminino. “A adolescente tem um quadro severo de alergia e está tendo que dormir no alojamento dos policiais civis. Não há condições para que ela permaneça ali aguardando sua transferência para um local apropriado”, afirmou.
O Estatuto da Criança e Adolescente prevê no Art. 185, § 2º, que o adolescente aguardará sua remoção em repartição policial, desde que em seção isolada dos adultos e com instalações apropriadas, não podendo ultrapassar o prazo máximo de CINCO DIAS. Cientes das condições insalubres e desumanas na delegacia de Bodoquena, informadas durante reunião realizada tarde de ontem com os Juízes da Comarca de Bodoquena, Marcel Henry Batista de Arruda e Alexsandro Motta, e a promotora de justiça, Cinthia Latorraca, determinaram a remoção da adolescente da delegacia após a intervenção do sindicato. “Se situações como essa começarem a ser rotina, o sindicato vai mobilizar esforços para que se resolva a situação com urgência”, enfatizou Giancarlo.

Miranda

O diretor trabalhista, Amaury Pontes, o presidente, Giancarlo Miranda, e o coordenador da secretaria de aposentados, Rildo Maranhão, também estiveram na delegacia de Miranda conferindo a superlotação da unidade que abriga, atualmente, 50 presos, sendo 35 provisórios e 15 do regime semiaberto. O local conta apenas com três celas que estão sendo divididas para abrigar quatro presas do sexo feminino e presos do sexo masculino de crimes sexuais e de outros tipos de delitos.
“A delegacia de Miranda vive situação pior do que a de Bodoquena. Não há efetivo suficiente no expediente e no plantão. Os policiais civis tem que se dividir em custodiar os presos, um nítido desvio de função, e suas atribuições da investigação policial”, declarou o diretor trabalhista, Amaury Pontes.
Serão cobradas providências urgentes das autoridades competentes para a retirada dos presos e o investimento de recursos na unidade que apresenta diversos problemas estruturais. Um planejamento está sendo elaborado pela Agepen, e deve ser apresentado até o dia 11 de agosto, para que a instituição faça a assunção dos presos custodiados nas delegacias do estado.


Fonte:Assessoria de Comunicação Sinpol-MS