A mulher policial: sensibilidade e determinação
No próximo domingo (08)comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Celebrando essa data, o Sinpol-MS apresenta algumas histórias do cotidiano e da vida dessas mulheres policiais civis que com sua garra, determinação e habilidade conciliam carreira, sonhos e a vida familiar. Atualmente, trabalham na Polícia Civil de Mato Grosso do Sul 629 mulheres sendo que destas 220 são investigadoras, 185 escrivãs, 79 peritas papiloscopistas e 21 agentes de polícia científica.
Suely Aparecida Baldo – muito admirada pelos companheiros de profissão pela sua garra e habilidades, a investigadora Suely decidiu ser policial aos 14 anos. A escolha foi baseada na morte precoce do pai que foi assassinado quando ela ainda tinha dois anos de idade. Pensando na carreira, fez o curso de auxiliar de enfermagem e atuou na área por algum tempo. A pretensão era ser policial militar, mas optou pela Polícia Civil e no ano de 2004 ingressou no quadro. “Não me identifiquei com a rotina militar”, conta. Desde lá, já atuou na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios, Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico, Garras e agora retornou para a Denar. Suely sempre atuou no operacional da Polícia Civil, “eu não gosto de paradeira” destacou. Perguntada sobre como os meliantes encaram a presença feminina na polícia, ela afirma que não há grandes problemas, pois as mulheres têm a mesma capacidade que os homens. “É claro que quando eles veem um grupo com muitos homens e uma mulher, eles vão tentar escapar pelo lado que aparenta ser mais fácil. Mas quando eles tentam, não conseguem”, revelou. Um fato marcante na carreira ocorreu quando um cão pit bull a atacou durante uma ocorrência de cumprimento de mandato. O criminoso deu voz de comando ao um cão que atacou Suely, mordendo principalmente o braço direito. Mas, o incidente não a desanimou, pois continua atuante na corporação e participando de treinamentos. Para as mulheres que estão iniciando na carreira, Suely aconselha: “Todas nós tempos a capacidade, é só correr atrás dos seus objetivos”.
Maria Goreth Leite da Conceição – antes de entrar na Polícia Civil em 1987, Maria Goreth já havia trabalhado em bancos e no comércio. Foi passando pela rua e vendo uma faixa que anunciava a inscrição para o concurso que identificou a oportunidade de uma carreira na Segurança Pública. Ela começou na função de agente de Telecom, mas com a mudança na Lei Orgânica optou por ser investigadora. Atuou na Sejusp, Defron, Ciops, Garras e atualmente está na Derf. Quando atuava na Defron, Goreth ficava 04 dias em Dourados e 07 dias de folga em Campo Grande com a filha, que na época tinha apenas sete anos. “Eu adorava trabalhar na Defron, mas resolvi pedir transferência para Campo Grande pra ficar mais tempo com a minha filha. Ela era muito pequena e sentia demais a minha falta”, contou. Um fato que marcou sua carreira foi a morte do investigador Dirceu Rodrigues, assassinado em serviço em 2014. “Ele faz muita falta aqui na delegacia”, conta emocionada.
Fabiana Souza Pedraza – a investigadora Fabiana entrou na Polícia Civil no ano de 2006 através de concurso. Apesar de ser a terceira geração na Polícia Civil, ela só se descobriu policial durante a academia. “Quando eu era criança, não achei que seria policial, mas sempre senti admiração pelo meu avô e pelo meu tio. Eu ficava emocionada quando os via passando de viatura”, comentou Fabiana. Devido ao seu interesse pela área de psicologia desde a adolescência, resolveu cursar a faculdade e se formou no ano de 2014. Atualmente atua no CEAPOC auxiliando os colegas de profissão. “Durante o curso, identifiquei a necessidade de dar suporte psicológico aos companheiros, porque o policial tem que estar bem em todas as áreas para trabalhar bem”, afirmou. Para Fabiana é preciso valorizar cada policial, pois a instituição é formada por pessoas.
Fonte:Assessoria de Comunicação Sinpol-MS