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HOMENAGEM: DIRCEU RODRIGUES DOS SANTOS

O momento é de tristeza para todos aqueles que tiveram o prazer de conhecer e conviver com nosso querido amigo Dirceu, homem integro, um raro profissional, homem que nasceu para ser policial, tive o prazer, e agradeço a Deus por ter compartilhado 4 anos de minha vida com este, que julgo um membro de minha família. Foram 4 anos de trabalho em irmandade, dentro de uma família que se chama DERF, uma chama que mesmo hoje trabalhando em outra Unidade, ainda arde em meu coração, e esse prazer em trabalhar em tão ilustre Delegacia deve-se a maneira acolhedora, e aos profissionais que ali labutam, dentre eles DIRCEU e OSMAR, dois policiais cujo desejo em esclarecer crimes e concomitantemente dar uma resposta a sociedade, flagelada por aqueles que insistem em viver a margem da justiça, os norteavam na busca incessante pela justiça. Assim julgo o trabalho policial um sacerdócio, e o título de sacerdote dado a DIRCEU, é o que melhor exprime suas características, um trabalhador incansável, um dos primeiros a chegar pela manhã para o trabalho e um dos últimos a sair, um companheiro que nunca disse não a um pedido de apoio, e sempre se voluntariou as mais diferentes missões, não só as investigações de vulto, assim como as de menor destaque, ocorrências que não tem o suporte para uma primeira página de jornal, mas que traz conforto e felicidade a um trabalhador assalariado, que tem um bem de pequeno valor (para uma fração da sociedade), mas que foi adquirido com muito sacrifício por aquele menos agraciado, mas o sentimento maior do dever cumprido e a felicidade estampada no rosto da Vítima, eram os maiores prêmios deste grande amigo, que agora cumprirá ordens de serviço junto ao Pai Celestial. O que consterna neste momento, e que vem causando indignação há tempos, é o descaso do Legislativo Federal, que inerte assiste a Guerra Civil que assola nossa Nação, país esse que muitos julgam pacifista, mas que de paz nada tem, uma Nação que a cada dia mais famílias pranteiam seus entes queridos executados por irresponsáveis no trânsito ou covardes que fizeram do crime sua profissão. Estes últimos, escondidos em protegidos por leis arcaicas, que manietam o trabalho policial impulsionando o cometimento de mais e mais crimes. O Brasil, dos trabalhadores, das pessoas de bem, daqueles que madrugam e labutam de sol-a- sol, clama por mudanças, por um maior rigor e punições exemplares aqueles que delinquem, sejam maiores ou menores de idade, como pode uma pessoa furtar um bem, seja ele qual for, e simplesmente não poder ir preso porque não tem 18 anos? Distorção absurda! Quantos policiais não ouviram de menores infratores que “permanecerão no mundo do crime até atingirem a maioridade, cria-se assim uma sociedade a parte, um País de ladrões, onde as pessoas de bem, sendo esta a maior fração da sociedade requer uma ação enérgica do Estado, mas intelectuais e políticos encastelados em seus belos apartamento e casas superprotegidas, fazem ouvidos moucos, e defendem as leis como aí estão, analisemos o rigor com que a justiça é aplicada em outras nações e seus índices de diminuição da reincidência e veremos qual fórmula esta correta. Mas enquanto aguardamos mudanças, a Polícia esta de luto, e digo POLÍCIA, pois Dirceu não tinha só amigos na Polícia Civil, mas policiais rodoviários federais, policiais militares e policiais federais, estavam dentre aqueles que conheciam e tiveram o prazer de ter DIRCEU como amigo. Sem citar sua brilhante carreira nas fileiras do Exército Brasileiro, onde boa parte do seu civismo foi moldado, culminando em uma justa homenagem no final do ano de 2013, onde foi reconhecido como “AMIGO DO EXÉRCITO”. Termino esta justa homenagem a este grande amigo, que deixa um vazio das fileiras da Polícia Civil, mas que seu exemplo permaneça como nosso incentivador, e que continuemos nossa caminhada pela pacificação social, e que mesmo que o preço seja ofertar nossas vidas em prol deste ideal. E aqui finalizo dando a DIRCEU, e tenho certeza que todos os que o conheceram concordam, o título de herói, não só da Polícia Civil, mas da sociedade brasileira, um exemplo a ser seguido, como homem, pai de família, policial e amigo. Sigamos seu exemplo, e brademos em alto e bom tom: “TENHO ORGULHO DE SER POLICIAL”. Até um dia meu irmão.


André Carvalho Bitencourt – Policial Civil e Amigo de Dirceu Rodrigues dos Santos.


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